quinta-feira, 10 de março de 2011

Final do 1º capítulo

Abri a caixa de correio electrónico e, no momento em que acedia ao ícone da minha conta, recebi uma chamada do meu pai. Esta chamada era um gasto de tempo, mas ok, era o meu pai, tinha que atender:
            - Sam, querida!?
            - Sim pai, sou eu! – óbvio que era eu, aquele era o meu telemóvel, certo?! – Aconteceu alguma coisa? – perguntei.
            - Não filhota. Era só para te lembrar que a tua mãe não vai jantar por causa da natação. E eu também não: o posto de socorro pediu a minha comparência, bem como a de dois homens que eu quisesse recrutar, para uma reunião. Tens que jantar sozinha. Não te chateias, pois não?
            - Não, pai, vai lá! Eu também vou sair e não sei se chego a horas de jantar!
            - Hum… e vais aonde? – quis saber o meu pai.
            - Vou ao cinema com o pessoal da minha ex-turma! – tive que lhe mentir; mas na verdade, eles não seriam mais da minha turma; eu ia para aquela escola!
            - Ok, eu só liguei para te dizer que ias ficar sozinha, mas se vais ao cinema...
            - Vá, pai, tenho que desligar… Bom trabalho!
            - Portem-se bem… Se precisares de dinheiro, passa por aqui, que eu deixo-te uns trocos no meu gabinete.
            - Sim, pai, obrigado.
Eu não era de mentir, mas após terminar a chamada do meu pai, liguei ao Patrick. Atendeu rapidamente. Bolas, os miúdos de hoje em dia têm sempre o telemóvel com eles.
            - Ei Sam, precisas de alguma coisa?
            - Pois, por acaso até preciso… Preciso de uma ajudinha…
            - Diz… Ajudo naquilo que for necessário.
            - Hum… pois… sei que não é estético nem bonito da minha parte, mas tenho que sair e devo chegar tarde. E a primeira coisinha que me ocorreu foi dizer que ia sair com vocês… tu sabes, o nosso pessoal e tal…
            - Sim e… tu queres que eu minta contigo no caso dos Senhores Pais Enganados Pela Filha Perfeita me ligarem, certo?
            - Bingo! Por acaso era isso mesmo… importas-te de me fazer esse favor?
            - Não, nadinha mesmo.
            - Muito obrigado, Patrick! – alvitrei eu – Devo-te uma! Mas agora tenho que desligar. Um beijo… E obrigado.
Após o meu colega de escola desde o 1º ano (e que eu, bem como várias outras pessoas achavam, tinha um fraquinho por mim) me ter safado desta, peguei num papel e numa caneta e escrevi um bilhete aos meus pais:
“Fui sair com o meu pessoal: Patrick, Anna, Jane e John. No caso de chegarem mais cedo que eu, deixei comida feita na primeira prateleira do frigorífico.
Um beijo
S.”
            A minha sorte é que a hora de jantar habitual era às 6.00h. Deixei o recado no hall de entrada, ao lado dos papéis que se utilizavam para escrever lembretes e deixar recados (como este) e dirigi-me ao meu quarto. Instalei-me na secretária já antiquada, mas bem conservada e cliquei no e-mail que tinha recebido da “ Universidade de Ajuda à Investigação”. Quando o tentei imprimir, fiquei boquiaberta: o e-mail tinha sido eliminado, após a minha tentativa. “Um mau começo” – pensei. – “Mas ainda tenho as cartas, por isso, vou já fotocopiá-las. Pelo menos não se podem apagar.” Boa, estava enganada… nem sequer lhes pus a vista em cima. Tentei novamente o meu correio electrónico: posha, uma mensagem de um tal endereço de sc_uai@hotmail.com. Universidade de Ajuda à Investigação?! Oh bem, o que é que seria desta vez?!!
            “Cara menina Windsor:
            Soube da sua tentativa de informação a Hayden Dickson, o seu melhor amigo, sobre a sua entrada nesta Universidade, pelo que tive que agir com uma vincada rapidez, apagando automaticamente o e-mail enviado. Em relação às cartas, esqueça qualquer tipo de plano para as rever, pois ambas tinham um dispositivo de devolução caso houvesse a ocorrência de algum problema, pelo que este foi accionado.
            Aviso também que o motorista vai buscá-la um dia mais cedo que o previsto, pois houve uma mudança de planos.
            Anseio conhecê-la. Saiba também que poucas ou nenhumas são as pessoas que se atrevem a passar pelas nossas ordens.
Cumprimentos
Shamus Christensen
P.S. Terei muito gosto em estar próximo de si nos próximos meses. As suas capacidades parecem ser inigualáveis.”

Estranho. Se bem me lembrava este tal “ Shamus Christensen” assinava-se sempre por Dr. antes do nome. Lembrei-me de procurar as cartas, mas rapidamente recordei o facto de que já não as tinha.
Olhei para o meu relógio: 6.43h. Era melhor despachar-me a ir ter com Hayden.
Enquanto me dirigia ao ponto de encontro pensava como seria a conversa. Quando imaginei as diversas expressões faciais que Hayden fazia, pareceu-me entrar num sonho.
E acabei por não ir à loja de desporto.

5 comentários:

  1. Espero que terminem este livro rapidamente, estou com bastante curiosidade de saber o que se vai passar.

    Boa sorte, e continuem assim
    Beijinhos


    Ass: Luís

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  2. estou a ficar interessada pela historia :)
    bom trabalho, continuem...

    já agora, fica o convite para visitarem e (se quiserem) seguir o meu blog. Vou seguir o vosso.

    beijinhos *

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  3. Gostei mais deste texto que dos outros dois. Acho que foi uma boa evolução :)

    Mais uma vez, parabéns pelo vosso trabalho :)

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  4. Adorei ^^
    Quando e' que postam o proximo capitulo?
    Tem andado um pouco paradas xP

    tou ansiosa por ler mais ^^P

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